Data: 09-04-2012
Criterio:
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Espécie amplamente distribuída.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Nidularium innocentii Lem.;
Família: Bromeliaceae
Sinônimos:
Descrita inicialmente na obra Ill. Hort. 2: 13. (1855) por Lemaire. N. innocentii é um táxon variável quanto ao porte, coloração das folhas, conformação da roseta foliar e da roseta floral e também no que tange ao colorido das brácteas primárias. Existem indivíduos de N. innocentii com folhas totalmente verdes e brácteas primárias quase inteiramente verdes, sendo que no terço apical apresentam-se verde esbranquiçadas em direção à base, tornando-se abruptamente vermelhas no ápice. Um grande número de nomes inválidos, sem diagnose, foram publicados para esta espécie, o que reflete a grande variação morfológica que este táxon sofre, dependendo do ambiente na qual ocorre (Leme, 2000). É próxima a N. campo-alegrense, mas defere-se desta pelas bainhas foliares não-nervadas, inflorescência tripinada, flores sésseis ou quase e as sépalas mais altamente concrescidas (Leme, 2000). Pode ser confundida com N. longiflorum quando se propaga por estolhos (o que ocorre mais raramente, já que normalmente N. innocentii se propaga por curtos brotos basais) (Leme, 2000).
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nos Estados das regiões Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul), desde a Bahia (Forzza et al. 2011), tendo uma lacuna significativa em seu padrão de distribuição no Estado do Espirito Santo (Leme, 2000; Wanderley et al., 2007). N.innocentii pode ser encontrada desde o nível do mar até altitudes próximas dos 1.500 m. Possui a segunda mais ampla distribuição geográfica conhecida para o gênero, somente superada por N. procerum (Leme, 2000). O mesmo autor cita ainda registros interioranos no município de Wanceslau Guimarães, BA. A espécie ultrapassa o Portal de Torres (SC/ RS), reconhecida barreira geográfica para a distribuição do gênero, sendo mais abundante do q N. procerum no Rio Grande do Sul (Leme, 2000).
Planta herbácea (Duarte 2006), epífita, rupícola ou terrestre, no sub-bosque (esciófilo) (Moreira 2002; Wanderley et al. 2007; Bourscheid 2008), foi coletada com flores todos os meses do ano (Moreira 2002; Wanderley et al. 2007). A espécie é polinizada pelo Beija-Flor Ramphodon naevius (Piacentini 2006). A espécie ocorre apenas em Florestas Ombrófilas Densas e Restingas (Moura et al. 2007; Martinelli et al. 2009) associadas ao domínio fitogeográfico da Mata Atlântica (Leme 2000; Moreira 2002; Moura et al. 2007; Martinelli et al. 2008; Martinelli et al. 2009; Forzza et al. 2011), em florestas de encosta, de planalto, de planície e de altitude (Moreira 2002; Wanderley et al. 2007).
5.7 Ex situ conservation actions
Situação: on going
Observações: A espécie é amplamente cultivada, com várias variedades morfológicas presentes em coleções (Leme, 2000).
4.3 Corridors
Situação: on going
Observações: A espécie possui registros dentro dos Corredores de Biodiversidade Central e Serra do Mar da Mata Atlântica (Martinelli et al., 2009).
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie possui registros dentro de diversas unidades de conservação (SNUC) ao longo de sua área de ocorrência (Leme, 2000) como Parque Nacional da Serra do Itajaí, Reserva Biológica Estadual do Aguaí, Parque Estadual da Serra Furada, RPPN Caraguatá, Parque Municipal da Lagoa do Peri, Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Parque Municipal da Lagoinha do Leste, em Santa Catarina; Estação Biológica Alto da Serra de Paranapiacaba, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual Jacupiranga, Parque Estadual da Ilha do Cardoso, Parque Estadual Intervales, em São Paulo; Reserva Estadual Wesceslau Guimarães (BA), entre outras (CNCFlora, 2011).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Em Perigo" (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
- FORZZA, R.C. ET AL. Bromeliaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB000066>.
- LEME, E.M. Comunicação do especialista Elton M. Leme, especialista na família Bromeliaceae, para o analista de dados Eduardo Fernandez, Pesquisador do CNCFlora.
- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.
- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.
CNCFlora. Nidularium innocentii in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Nidularium innocentii
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 09/04/2012 - 14:00:23